Ao longo de quatro décadas, a AMI desenvolveu centenas de missões humanitárias em 82 países do mundo, um trabalho de apoio social ao longo de 30 anos em Portugal, projetos inovadores de proteção ambiental e de uma cidadania global solidária alicerçada na preocupação de alertar consciências para problemas urgentes da Humanidade. Contou, para isso, com uma equipa de mais de 200 colaboradores, centenas de voluntários e financiamentos, quer nacionais e internacionais, quer de empresas e particulares.
A AMI foi fundada em 1984, com o Ser Humano no centro de todas as suas preocupações.
Em 40 anos, a AMI baseou a sua intervenção nas áreas da Ação Humanitária e Cooperação para o Desenvolvimento, Ação Social, Ambiente e Alertar Consciências, num total de 82 países, mais precisamente 31 países de África, 16 da América, 15 da Ásia e Oceania, 10 da Europa e 10 do Médio Oriente, num total de mais de 460 projetos e mais de 780 expatriados enviados para o terreno, tendo sido apoiados mais de 7 milhões de pessoas. A primeira missão arrancou em 1987 na Guiné-Bissau.
Em Portugal, a AMI começou a atuar em 1994, ano em que abriu o primeiro Centro Porta Amiga, localizado nas Olaias, em Lisboa. Desde então, e face às necessidades existentes no país, a AMI lançou vários equipamentos sociais e desenvolveu várias respostas em todo o país, nomeadamente 9 Centros Porta Amiga, 2 Abrigos Noturnos, 2 Equipas de Rua, 1 Equipa de Apoio Domiciliário e 1 polo de distribuição alimentar. Desde 1994, já foram apoiadas mais de 80.000 pessoas pela AMI em Portugal, das quais 14.229 em situação de sem-abrigo.
Assente na premissa de que um futuro mais justo e digno para todos é indissociável de um planeta mais sustentável, a AMI tem vindo a desenvolver também diversos projetos na área ambiental, designadamente na área da recolha de resíduos para reciclagem e reutilização, reflorestação e energias renováveis. Foram já angariadas 1.700 toneladas de radiografias, quase 2.000 toneladas de óleo alimentar usado, mais de 400 mil quilos de papel e cartão e mais de 16 mil quilos de resíduos elétricos e eletrónicos; e reflorestados mais de 410 mil metros quadrados de terreno em Portugal.
A AMI soube sempre reinventar-se e arriscou quando decidiu alargar a sua atuação de África para outros continentes, quando começou a intervir socialmente em Portugal, ou a desenvolver projetos na área do Ambiente. Antecipou-se sempre às dificuldades e inovou nas respostas para que a Missão pudesse continuar. Procurou diversificar as suas fontes de financiamento para não se tornar dependente e poder iniciar projetos à espera de financiamento e até dar continuidade aos mesmos após financiamento ou desenvolver missões de emergência sem ter que esperar pelo resultado de campanhas de angariação de fundos.
Em Portugal, em qualquer um dos equipamentos sociais da AMI, é disponibilizado um acompanhamento multidisciplinar e prolongado por parte de uma equipa de técnicos especializados com o intuito de construir um plano de melhoria das condições de vida de quem é sinalizado ou procura diretamente estes serviços, e promover a sua reinserção social. É respeitado o tempo e a particularidade da história de vida de cada pessoa, porque cada Ser Humano é único e insubstituível.